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“Acordo entre Mercosul e União Europeia é prioritário”, diz Armando Monteiro

18/11/2015

Monteiro afirmou que o governo brasileiro pretende iniciar as trocas de ofertas até o fim deste ano, para concluí-las em 2017

“O acordo entre Mercosul e União Europeia é uma agenda prioritária para o Brasil”. A afirmação é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. Segundo o ministro, o Brasil está reposicionando sua política comercial. “Lançamos o Plano Nacional de Exportações, que tem como um dos principais objetivos inserir o país na rede internacional de acordos comerciais e de investimentos. Consideramos que a principal iniciativa reside na conclusão do acordo Mercosul e a União Europeia. Para o Brasil, essa é uma agenda prioritária”, disse.

Há 15 anos, o Mercosul vem negociando com os países do bloco europeu o desenvolvimento de um acordo para ampliar as relações comerciais, abrangendo não apenas questões tarifárias, como também padronização de regulamentos que facilitem a produção integrada. Monteiro afirmou que há neste momento uma nova dinâmica no cenário dos acordos comerciais, e que por isso o acordo entre Mercosul e União Europeia é fundamental para fortalecer a posição dos dois blocos no comércio mundial.

Em agosto deste ano, em reunião com Dilma Roussef, empresários brasileiros e a chanceler alemã Angela Merkel, Monteiro havia afirmado que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia dependiam primordialmente do Brasil e da Alemanha. “Temos que reconhecer a importância da Alemanha e o iminente acordo – ou pelo menos o início da troca de ofertas – com a União Europeia”.

Monteiro afirmou ainda que o governo brasileiro pretende iniciar as trocas de ofertas até o fim deste ano, para concluí-las em 2017. Segundo ele, a oferta é plenamente compatível com os compromissos assumidos pelos chefes de Estado na Cúpula Mercosul-União Europeia de 2010 e comprova o propósito de melhorar os termos apresentados em 2004.

A proposta deverá abranger quase 90% de todo o universo de bens do comércio exterior, industriais ou não, incluindo também serviços e compras governamentais. “Só se faz um acordo nessa perspectiva de liberalização comercial se a oferta incluir um grau de cobertura com um número expressivo de bens”, explicou.

Acrescentando que o acordo é uma oportunidade para o melhor posicionamento estratégico dos dois blocos, diante dos novos desafios. “Não podemos perder a oportunidade de avançar nessa agenda. Nesse sentido, é crucial que as empresas brasileiras e as europeias e as câmaras de comércio possam também se engajar nesse processo”, finalizou o ministro com um alerta. “Quem ficar na falsa zona de conforto está condenado a perder posições e morrer”.

Fonte: Portal Guia Marítimo

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